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AS IGREJAS DE PARATY E SUAS FUNÇÕES


AS IGREJAS DE PARATY

Diferentes da suntuosidade encontrada em outras cidades históricas, as igrejas de Paraty apresentam uma simplicidade harmônica e sóbria das Igrejas seculares. Não há ostentação de ouro, nem prata, mas guarda a sobriedade exigida a função de templo construídos por irmandades de leigos, pois nunca tivemos ordens de padres ou freiras. Apesar de sua simplicidade, as igrejas paratienses guardam segredos que estão a mostra e ao mesmo tempo escondidos do olhar fortuito dos incautos. Seus pequenos detalhes escondem um passado de história, dor e amor por suas terras.

As Igrejas católicas foram os primeiros prédios públicos do Brasil. Suas construções eram as mais reforçadas e serviam de abrigo da população em caso de ataque de inimigos. Vilas que não tinham fortificações tinham em suas igrejas o refúgio de onde se fazia sua resistência.

Portugal mantinha sobre a igreja o poder em seus domínios. No Brasil isso não era diferente! No segundo reinado a situação da igreja católica era muito delicada. O clero regular, de onde os expoentes da cultura religiosa haviam saído no princípio do século, entrara em decadência. A renovação das ordens religiosas no Brasil correspondia a um enfraquecimento dos conventos. O governo havia em meados do século suspendido o noviciado em todas as ordens. Proibiu a entrada no país dos brasileiros que haviam professado no estrangeiro. Assim houve o esvaziamento rápido dos conventos. Os que se extinguiram foram incorporados ao patrimônio nacional. O clero secular, que enquanto isso, era presidido por bispos cultos, se tornou escasso e poucos seminários os formavam.

D. Pedro II, sucessor de Portugal mantinha sobre a igreja o “padroado”, que era o direito de indicar os bispos, cônegos, párocos e os professores dos seminários. Além disso, a constituição declarava o catolicismo a religião oficial do Estado, atribuindo ao imperador o uso do “Placet”, que era o direito de não permitir a aplicação de qualquer ato pontifício sem a sua aprovação prévia. O império também fiscalizava as irmandades e ordens através da aprovação de seus estatutos. Na administração pública dominava a doutrina chamada de “regalismo”, na França se chamava “galicismo”, e em Portugal “pombalismo”, que dava ao Estado o controle da igreja, como sendo um departamento do serviço público. Em contra partida o Estado construiria as matrizes e pagava a côngrua (salário) aos bispos, cônegos, párocos e outros serventuários do culto. Estes fatos congregados a outros deram impulso a “Questão Religiosa” do século XIX.

Esta é a minha Paraty que agora lhes apresento! Sejam Bem vindos a minha Terra mãe! Renan Pinto 2014

guiarenan@ig.com.br - Cel. 24 - 999159119

Sta. Rita 1722

Matriz 1787/1863

N.S. do Rosário e S. Benedito 1725

Sta. Cruz da Generosa 1901

Igrejinha das Dores 1800


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