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Precisamos entender que toda vez que o dom de línguas aparece na bíblia, ele está relacionado a julgamento para os hebreus.  Isaias no capitulo 35 fala da adoração a ídolos e prevê o cativeiro babilônico.

Em 1 coríntios vemos: “O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.”

Na construção da Torre de babel, Deus confundiu as línguas e o povo se dispersou.

"Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.

Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.

Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.

O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja.

Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação. Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?” I Coríntios 14.1 a 6.

Pentecostes foi um ato exclusivo do Espírito Santo num momento específico da história. Em nenhum lugar da bíblia se fala de línguas estranhas, e sim, LINGUAS ESTRANGEIRAS. Dons de língua, de interprete, profecias e cura não mais existem, eles foram exclusivos de Cristo, seus apóstolos e alguns auxiliares. O que temos visto hoje nas igrejas, não passa de glossolalia, onde a pessoa em êxtase ou fingindo êxtase se derrama em palavras desconexas ininteligíveis. Se não há quem interprete, a quem ela esta edificando, se não a si própria? Neste ato não há edificação para a igreja que é o corpo de Cristo. Se não for língua estrangeira e sim glossolalia, nem a ela própria está se edificando, é apenas emoção aflorada ou simples querer aparecer. 

Jesus veio primeiro para os judeus, o seu povo, para cumprir a profecia ele precisaria ser rejeitado pelos seus, afim de, que a salvação fosse também aberta aos gentios, e assim aconteceu. Jesus foi rejeitado, morto crucificado. Seu sangue verteu na cruz e nos lavou de todos os nossos pecados. Para anunciar que o evangelho estava aberto aos gentios, veio o dia de pentecostes, e os apóstolos tomados pelo Espírito Santo de Deus pregaram em “línguas Estrangeiras” para uma multidão de várias nacionalidades, onde cada um ouvia a pregação na sua própria língua. Assim, Israel perdia ali sua salvação exclusiva, pois, naquele lugar se reuniam vários povos que diziam: “Vede! Não são, porventura, galileus todos estes que aí estão falando? E como ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, Cirene e Romanos que aqui residem , tanto Judeus como gentios, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas línguas as grandezas de Deus”? Cumpria-se ali parte da profecia de Joel (2.28:32). Agora, o evangelho havia sido ouvido em várias línguas estrangeiras, os que ali estavam, sentindo-se tocado pelas palavras com intercessão do Espírito Santo, foram batizados e partiram para seus povos onde agora começaram a espalhar “A Boa Nova”, e o evangelho se espalhou pelo mundo, chegando aos gentios de várias nações, cada um na sua própria língua, era o início da Grande Comissão, do Ide e Espalhai o evangelho a toda criatura. Jesus venceu a morte na cruz, estava consumada sua vinda messiânica, nosso Perfeito Deus se fez Perfeito homem e sem máculas se deu por nós, com Cristo o nosso velho homem morreu também naquela cruz, e se morremos com Ele, com Ele também viveremos para a vida Eterna, Amém!

Renan Pinto