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ÍNDIOS EM PARATY


“Dez anos depois de iniciado, foi finalmente publicado, hoje (24/4), o relatório de identificação e delimitação da “Terra Indígena Tekoha Jevy”, uma área de 2.370 hectares onde vive uma população de 32 Guarani Ñandeva.”

“A área, localizada na cidade de Parati, sul do estado do Rio de Janeiro, também é conhecida como Guarani do Rio Pequeno, já que está na sub-bacia desse rio. Ela é sobreposta ao Parque Nacional da Serra da Bocaina e figura em uma área de interesse de diversos empreendimentos turístico e do agronegócio (veja mapa).”

“Segundo o estudo de identificação, a terra é tradicionalmente ocupada por famílias Guarani Mbya e Guarani Ñandeva, dois grupos do povo guarani, por meio de alianças de casamento. Nos anos 1960, a área passou a ser alvo de invasões por não indígenas e violentos ataques, que levaram à expulsão das famílias Guarani Mbya que lá viviam e ao confinamento dos Guarani Ñandeva, vindos principalmente da Reserva Indígena de Porto Lindo, em Mato Grosso do Sul. Na língua guarani, tekoha jevy significa "a terra que está de volta", afirma o estudo.”

“Este é o primeiro - e talvez o último - relatório de identificação e delimitação aprovado pela gestão de Antonio Costa, à frente da Fundação Nacional do Índio (Funai) desde janeiro de 2017. Costa anunciou na última semana que está deixando o cargo por determinação do Ministro da Justiça, o ruralista Osmar Serraglio (PMDB-PR).”

“A publicação dos estudos de identificação é a primeira etapa do processo de demarcação de uma Terra Indígena. Agora, falta a área ser declarada como de posse dos Guarani pelo Ministério da Justiça e homologada pela Presidência da República.”

Texto publicado em https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/terra-guarani-no-rio-de-janeiro-e-identificada-pela-funai

Um grupo de índios ditos “Pataxós”, a algum tempo invadiu uma área de terras em “Iriri”, próximo a uma das cachoeiras mais visitadas pelo seu fácil acesso, estando muito próxima da Rio-Santos (BR101). A área está em litígio, tendo seus proprietários entrado com ação de reintegração de posse. Em Paraty temos hoje três aldeamentos Guaranis, em Paraty-Mirim, Araponga e Rio Pequeno. No Rio Pequeno, uma pequena área foi comprada pelos índios Guaranis, e agora a FUNAI quer estabelecer uma reserve de 2.370 hectares, como se toda a área da localidade fosse pertencente aos índios. Para estabelecer estes aldeamentos a FUNAI prepara um estudo de identificação para saber se as terras realmente pertenceram aos índios. Se for desta forma, deveria o Brasil inteiro ser declarado como reserva indígena, uma vez que eles são os primeiros povos a residirem aqui. Não sei em que se baseia os estudos no qual se fundamentou a FUNAI para a demarcação destas terras, porém, nunca existiu na história do Brasil guaranis nas terras de Paraty. Historicamente aqui existiram os Tamaoios/Tupinambás (Confederação Tamoio) e os Goianás (Goiamimins). Estudo a história de Paraty a décadas e nunca encontrei em nenhum documento qualquer menção a guaranis em Paraty. Os guaranis foram instalados em Paraty pelo governo federal, tendo as terras demarcadas em 1996 ( Paraty-Mirim). Na verdade, se na nossa história o povo guarani existisse por estas bandas, teriam sido devorados pelos Tupinambás que eram antropófagos. Onde foram encontrar vestígios deste povo aqui não me perguntem! O fato é que a invasão do Iriri pelos pretensos Pataxós, nos tira mais um atrativo interessante do ponto de vista turístico, vocação principal e principal fonte de rendas do município.

Renan Pinto

Guia de Turismo

Bacharel em Teologia


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