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PROSELITISMO RELIGIOSO, A ARMA DOS INCRÉDULOS


O termo "Prosélito" provém do Grego Koiné (προσήλυτος/proselytos) e significa novo convertido. Normalmente este termo era usado em Israel para os estrangeiros que se convertiam ao judaísmo.

Nos tempos atuais temos ouvido se falar muito de proselitismo religioso, intolerância religiosa e separação de Estado e Igreja, muitas leis imorais tem sido criadas, o relativismo tomou conta da educação, do Estado e do mundo de forma geral. Neste mundo relativista, aqueles que não se enquadram nele e acreditam na verdade absoluta de Deus são perseguidos e execrados em praça pública (Neste mundo passarás por aflições - Jo 16.33).

Á pouco tempo, um menino de uma certa escola foi acusado de Intolerância religiosa por ter discutido doutrinas durante uma aula de história, onde a matéria era a reforma protestante. Segundo seus acusadores, ele teria ofendido uma colega católica dizendo que os católicos são do diabo. Isso jamais aconteceu, a acusação era falsa, o menino é de família cristã protestante e toda a família do pai é católica. Estaria o menino declarando que seus tios, tias, avós e primos eram do diabo? A acusação não fazia sentido!

A coordenação mandou que os alunos fizessem um trabalho sobre religião, e os cartazes diziam: Que toda religião é igual e prega a paz! Que satanistas e cristãos são iguais! E queriam que o menino também apresentasse tais cartazes. Como apresentar algo que você não crê?

O menino também foi acusado de praticar bullying, com um dos colegas, maior e mais forte que ele. A coordenação agiu totalmente errado, e em trocas de mensagens com os pais, alegou serem verdades as acusações, sem antes averiguar com os envolvidos no caso, aceitando a denuncia de “representantes de classe”. O menino foi levado a conversar com a psicóloga do colégio, sem a autorização dos pais. Por fim, ao serem inqueridos os envolvidos no caso, provou-se não haver Bullying e sim trocas de apelidos e safanões alegados pelo próprio aluno dito como sendo agredido. No caso de intolerância, a colega católica negou todas as acusações feita ao menino pelos “pseudos representantes”. Nenhum pedido de desculpas aos pais foi encaminhado pela Coordenação ou pelo Colégio.

Em outro caso, durante a execução de uma redação, o menino citou o Rei David de Israel. O professor, ao olhar a redação não deu nenhuma nota e escreveu na folha do texto: “!? Seu texto fundamenta parte dos seus argumentos em proselitismo religioso. Cuidado.” Ora, o professor deve corrigir o português e se o texto está no contexto pedido, e não intrometer-se na crença de cada aluno. Pode o professor provar que David não existiu como figura histórica? Teria o professor agido da mesma forma se o citado fosse Buda, Gandi ou o Dalai Lama? Ora, a matéria era “redação”, acreditando ser ou não a Bíblia a Palavra de Deus, e isso é crença de cada um, ela é inegavelmente o livro mais vendido do mundo, e segundo especialistas a bíblia é o maior Best Sellers do mundo. Portanto, porque da não aceitação de uma citação a uma figura histórica que tem sua existência mais do que confirmada na história do mundo? Se o professor não aceita a bíblia como verdade, deve ao menos aceitar como livro histórico. Quem está sendo intolerante?

Estamos caminhando mesmo para o fim. Qualquer conversa entre um teísta e um ateu, deísta ou qualquer pessoa que não aceita a veracidade das escrituras, onde o teísta expõe seu pensamento e credo, é motivo para o crente ser taxado de fazer proselitismo religioso. Expor sua crença não é e nunca foi proselitismo. Crê quem quer, ou segundo nós cristãos reformado dizemos: “quem Deus quer que creia”. A Constituição Federal nos dá o direito de livre pensar e livre expressar nossa fé. Não sendo obrigatório a ninguém crer como eu creio! Por outro lado, os relativistas recorrem ao separatismo entre o Estado e a Religião, sem nem saber de onde isso surgiu. O Presidente Thomas Jefferson, no século XIX, escreveu uma carta para a Igreja Batista falando da separação entre o Estado e a Igreja. O Objetivo de Jefferson era garantir à Igreja da não interferência do Estado na Religião. Isto não está na Constituição dos Estados Unidos, mas em uma carta para uma Igreja Cristã. Nos novos tempos, o objetivo da carta de Thomas foi subvertido para dizer o que não diz. Sim, temos um Estado Laico e assim devemos continuar, até que a Teocracia do Próprio Cristo se estabeleça na Nova Terra. Pois, não há forma de exercer teocracia em um mundo de homens corrompidos pelo pecado e perdidos na escuridão de suas almas.

Intolerância religiosa é a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de terceiros.

Segundo a Constituição Federal Brasileira, o Brasil é um Estado Laico, ou seja, não tem uma religião oficial. Todos os tipos de religiões e crenças devem ser respeitados.

Intolerância religiosa é a discriminação contra as pessoas e grupos que têm diferentes crenças ou religiões, e é marcada principalmente pelas atitudes agressivas e ofensivas.

A liberdade de expressão garante aos indivíduos o direito de manifestar as suas opiniões sobre determinado assunto, incluindo a crítica em relação aos dogmas religiosos, por exemplo. No entanto, a intolerância religiosa passa a se configurar quando a pessoa age com indiferença, violência ou de qualquer outro modo que fira a dignidade de outrem.

É certo que todos os cidadãos brasileiros têm o direito de praticar a sua respectiva religião (incluindo os representantes políticos do governo), mas esta não pode estar envolvida com a figura do Estado, portanto é preciso que haja uma separação entre as atividades do indivíduo na vida privada e pública.

Já o bullying precisa ser caracterizado pela falta de capacidade de defesa do agredido, o tornando presa do agressor (ou agressores) que se aproveita (m) da passividade do agredido para se sobrepor a ele. Desta forma, a troca de insultos, que se apresenta vinda de ambos os lados não pode ser considerado bullying. Mas a agressão física, vinda de um agressor, maior em tamanho e força que o seu agredido, pode ser uma tentava de bullying. Porém, nem sempre a vítima do agressor se intimida a ponto de sua tentativa conseguir o êxito pretendido, descaracterizando o uso do termo “bullying”.

O que é bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.

O que não é bullying?

Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying.

Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor'', explica a especialista.

O que leva o autor do bullying a praticá-lo?

Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.

Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying. "A tendência é que ele seja assim por toda a vida, a menos que seja tratado".

O que não é Intolerância Religiosa

Devemos entender que Intolerância não é quando alguém não aceita “para si” a crença do outro, mas sim, quando este alguém não aceita que o outro tenha uma crença diferença da sua.

Cada um tem o livre direito de crer como quiser, podemos até não concordar com a forma como o outro acredita, não aceitarmos tal crença para as nossas vidas, mas devemos aceitar que somos um povo com liberdade de religião e cada um tem a liberdade para crer no que quiser crer.

Uma simples discussão sobre crenças, onde cada um expõe sua forma de crer, não pode ser confundida com “intolerância”, pois, em um país de liberdades cada um pode expor sua fé religiosa desde que respeite as diferentes formas de crenças e tenha a sua forma também respeitada.

A intolerância foi muito comum na idade média e contemporânea, é um vício que chegou até nossos dias como herança dos tempos da inquisição religiosa, e hoje não pode ser tolerada em um país onde há a pluralidade religiosa de direito, uma vez que não mais existe uma religião oficial, como existiu num passado não muito remoto.

Desta feita, quem não está preparado para uma discussão teológica, nem pronto a admitir-se errado em seu conhecimento, deve se abster de discutir tal coisa. Para não classificar seu “interlocutor” de intolerante religioso!

Como definido nos textos acima, intolerante é aquele que não aceita que o outro tenha crença diferente. Não temos de concordar e aceitar o que a mídia nos quer “entalar goela abaixo”. Ainda temos o direito de acordo com a constituição (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL).

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

É incrível como vivemos num mundo onde chamam mal de bem e bem de mal. Se o menino estivesse sendo perseguido por roubar, matar, mentir, “fazer grupinhos” para colar nas provas e xingar professores, seus pais seriam os primeiros a dar-lhe corretivo. Mas o perseguirem por defender suas ideias e também quererem emudecê-lo é inadmissível.

Acreditamos que o papel principal da escola é o ensino formal, e não se intrometer na crença, educação sexual, ideologia de gêneros, ideologias políticas. Isso é papel da família!

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1.16).

Renan Pinto

Teólogo

*FONTES: NOVA ESCOLA e GESTÃO ESCOLAR – FUNDAÇÃO LEMANN

*Wikipédia e Site Significados


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